"A imaginação é mais importante que o conhecimento."

Albert Einstein



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

De volta ao lar


Ah, como é bom estar em casa novamente. Saudade desse meu cantinho perdido, do cheiro da minha casa, do meu travesseiro, minha cama, das pessoas que esperavam minha volta. Saudade de poder tagarelar qualquer coisa sem precisar ter sentido. Ah, como é bom estar de volta!

Pois bem, o motivo da minha ausência é pelo mesmo motivo de algumas das ausências antigas, viagem para a roça natal. Durante o tempo no qual estive longe daqui, vivenciei momentos que mudaram meu ser, ou não. Tenho muitas histórias para contar, umas boas outras não, poucas interessantes e muitas inúteis, mas que fizeram parte do presente e agora estão enterradas no passado.

O fato é que não sei se devo contar e registrar aqui o "Haduken" que a vida me deu ou deixar essa história no passado, que é o melhor lugar. A segunda opção é a mais sensata, já que merda quanto mais mexe, fede, mas não posso deixar sem explicação. O acontecido não foi nenhuma novidade, isso faz parte do dito "normal" hoje em dia, mas eu não acho nada normal. E, além do mais, eu sabia desde o início que ia dar titica na certa.

O caso é o seguinte: Como muitas mulheres, caí na lábia de um otário. Sim, meus leitores, eu me apaixonei por um cafajeste, e um daqueles beeem podre. Ainda me pergunto "como, como eu pude cair nessa?" Ele estava com outdoor na testa escrito "Perigo, canalha!", eu ouvia minha voz interior gritando "Ele é um idioooooota!" Mas não, com tendência a teimosia extrema, fui fundo pro buraco. Não só fiquei, mas namorei, e à distância ainda. Tolinha, tsc.

Com os fatos acima citados vocês já podem prever o que aconteceu. Virei uma mangueira (ou um eucalipto, se preferir), cheia de galhos. Até aí já era de se esperar, vindo de quem vem não é novidade, mas ele foi tão mau caráter (e de mau gosto. Convenhamos, a menina era o Ó. Se fosse bonitinha ou de bom status, ia ser sacanagem do mesmo jeito, mas até que daria para os amigos dele entender. A garota é tida como puta na cidade, se veste e age e fala como uma, queima o filme só de te verem com ela, seja mulher ou homem, é louca e tem uma filha. Já me contaram as línguas grandes que não foi só uma vez, como está tendo um caso. Já viu a encrenca, né?) que nem vale a pena contar o ocorrido (não vou contar para vocês que pretendia arremessar um paralelepípedo solto no para-brisa e riscar o carro inteiro dele, mas que, como boa menina, deixei pra lá. A mãe dele paga o carro também, seria sacanagem com ela).

Enfim, com o coração machucado (bem feito, ninguém mandou dar bola para um babaca!) e livre de um destino cruel ao lado de um imbecil, eu segui meu caminho e hoje estou contando a triste história de um mal amado, cujo o destino está entrelaçado com o de uma psicopata (sério, ela é sinistra, mas ele também é um psicopata, então grande casal!). Agora, depois de resolvida essa história toda, e sem a venda que eu insistia, sem motivo, em deixar nos olhos, pude perceber o quanto foi desnecessário todo o esforço que fiz para que isso pudesse dar certo.

Não me arrependo das minhas atitudes, eu segui o que meu coração mandava, independente se foi idiota ou não, mas assumo, o meu erro foi não ter dado ouvidos à minha razão. Fora isso, eu estou tranquila. Não fui eu que fiz uma péssima escolha, aliás, foi até ótimo que isso acabasse, pois tenho certeza que há verdadeiros homens no mundo, que no mínimo teriam a capacidade de admitir seus atos. Coisa que ele não fez, mesmo a cidade inteira desmentindo(ou quase inteira).

Se eu acredito que alguns homens não traem? Claro, se fosse assim toda mulher seria puta. Mas todas tem uma pitada de safadeza. Umas menos, outras mais...



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